quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lençóis Maranheses

HISTÓRIA
A capitania do Maranhão foi criada em 1534 e logo ocupada por franceses até ser retomada pela Coroa Portuguesa. Mas a região dos Lençóis Maranhenses ficou intocada devido ao acesso dificílimo.Diz a lenda que a região era habitada por índios caetés, que um dia acordaram com a aldeia soterrada pela areia. Há tempos, vive ali um povo nômade, que na estação chuvosa, ergue suas malocas para viver da pesca e na estação seca, abandona tudo em busca de trabalho nos municípios vizinhos. Muitas vezes, ao retornarem, os pescadores encontram suas "casas" tomadas pela areia, que se movimenta sem cessar.No início da década de 80, a Petrobrás, andou procurando gás e petróleo na região, perfurando a "morraria", nome pelo qual os moradores chamam as dunas.Em 1981 foi criado o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que não possui portaria nem infra-estrutura. O que tem mantido o parque protegido é o ambiente inóspito, a dificuldade de acesso e a falta de acomodações no interior do parque.

Petrópolis


HISTÓRIA
O caminho aberto pelos bandeirantes em suas andanças pelo sertão, tomou o nome de "Caminho do Ouro", quando da descoberta de ouro e pedras preciosas nas Minas Gerais. Como sua importância começou a crescer devido à necessidade de escoamento da produção, foi preciso estabelecer uma ligação permanente e segura entre o porto do Rio de Janeiro e as Minas Gerais, dando início à colonização da região.Por estar localizada entre os rios Piabanha e Morto, por onde passavam as tropas que demandavam as Minas Gerais, a fazenda do Padre Corrêa se tornou o lugar propício para pouso e fonte de abastecimento, não só pelos produtos agrícolas, como também por sua industria artesanal de ferraduras.Seguindo o "Caminho do Ouro" em demanda às Minas Gerais, o imperador D. Pedro I, tornou-se hospede frequente da fazenda, mesmo depois da morte do Padre Corrêa, pois continuou sendo recebido pela irmã e herdeira do Padre.Encantado com as belezas e amenidades da região, propõe a compra da fazenda. Como os herdeiros do Padre Corrêa não estavam interessados em vendê-la, indicaram a vizinha fazenda do Córrego Seco que foi comprada em 1830, passando a chamar-se Fazenda da Concórdia. Foi D. Pedro II que, em 1843, ordenou a construção de um palácio para veraneio. O projeto ficou nas mãos do arquiteto alemão Koeler.Quando, em 1844, começou a receber os primeiros imigrantes alemães, como colonos livres, a povoação de Petrópolis, fundada em março de 1843, nasceu com a mentalidade de substituir o trabalho escravo pelo trabalho livre. Com o rápido plano urbanístico, reforçado por outras correntes migratórias de italianos, franceses, belgas, ingleses, suiços e portugueses, em setembro de 1857, foi elevada à categoria de cidade. O Hotel Suiço, o primeiro hotel da região, é construído em 1848.Por iniciativa do Visconde de Mauá, em 1854, começa a funcionar a primeira estrada de ferro brasileira ligando Porto Mauá à Raiz da Serra. Para se chegar a Petrópolis, atravessava-se a baía, de barco, até Porto Mauá; daí, seguia-se de trem até à Raiz da Serra; em seguida, subia-se a serra em diligência puxada a cavalos.Mais tarde, a diligência puxada a cavalos é substituída pela estrada de ferro Príncipe Grão-Pará (a Leopoldina Railway), o primeiro trem a subir uma serra brasileira. A União e Indústria, a primeira estrada de rodagem brasileira, ligando Petrópolis a Juíz de Fora é inaugurada em 1861.A vinda da família imperial acabou atraindo toda a corte, que também construiu seus palacetes. Assim Petrópolis se transformou em um local da elite. Por causa de seu clima agradável e tranqüilo, mas principalmente pela permanência do imperador na cidade, atraindo a nobreza e a intelectualidade da época, Petrópolis logo se transformou em um grande centro turístico do Estado do Rio de Janeiro. A animação, o fausto e o luxo de seus espetáculos, bailes e saraus competiam com a vida social do Rio de Janeiro. Mesmo depois da queda do Império, muitos políticos continuaram a freqüentar a região.O palácio Rio Negro que servira como sede do governo (1894 - 1902) do Estado converte-se na residência de verão dos Presidentes da República.Em 1903, ao assistir à assinatura do tratado de anexação do Acre, Petrópolis se torna capital do Estado do Rio de Janeiro.A primeira auto-estrada asfaltada, a rodovia Washington Luiz ligando Petrópolis ao Rio de Janeiro, foi construída em 1928.O hotel Quitandinha, construído em 1944, com seu cassino e espetáculos realizados com os mais famosos artistas brasileiros e astros internacionais, atraiu milhares de turistas do mundo inteiro. Hoje, é possível visitar o 1º andar, além de ser um espaço ideal para a realização de convenções e congressos. Sua bela arquitetura, em estilo normando, chama a atenção.Com a proíbição do jogo, a cidade não desanimou, compensando com o desenvolvimento das indústrias téxteis e malharias, conhecidas em todos os lugares, e revigorando-se com o surgimento de pousadas e hotéis localizados em lugares paradisíacos que oferecem um tranqüilo aconchego e uma gastronomia requintada.